Death of Honor
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Post  Ari Fri May 30, 2008 4:52 pm

Death of Honor
"The only true test of corage is the last one" - Tao of Shinsei


Courage

“Lutar apesar do próprio medo, é o verdadeiro teste”


Kyuden Doji, final do outono

As planícies da capital da Garça nunca estiveram tão vazias, pode ser devido ao frio incomum que está fazendo esse outono ou por causa da campanha que a Garça promove contra o Leão em Toshi Ranbo.
Da varanda da casa das pétalas desabrochadas, uma das casas de chá mais respeitadas e procuradas de toda a região , Asahina Keytaro aprecia com admiração o território de seu amado clã, vazio, porem belo e cheio de vida.
Os jardins eram verdadeiras obras de arte, ainda mais coberto com o fino gelo matinal. Nevar fora de época ou ficar tão frio ao ponto de amanhecer com uma fina camada de gelo era incomum nessa época do ano, e isso deixava Keytaro intrigado e maravilhado.

- Keytaro-sama, Otomo Shinori acaba de chegar, gostaria de lhe falar algo, ele parece apreensivo, posso lhe acompanhar até a sala de reuniões?

- Claro, Ryoji-san, mas antes venha até aqui e me diga quão belo Kyuden Doji está ao seu ver.


Ryoji era um homem de armas, um excelente yojimbo, ele acompanhava Keytaro tempo suficiente para ter ganho a confiança e admiração de seu protegido, mas diferente de outros em seu clã, Ryoji nunca conseguiu gostar de arte ou outras frivolidades.

- Me diga Ryoji-san não é lindo?

- Sama, parece que não há vida em Kyuden Doji, nunca vi essas terras tão vazias e não pode ser pelo frio, pois o maior movimento aqui é no inverno. Esse frio tem algo de sinistro, temo que possa ter acontecido algo de ruim, temo por nosso exército, temo pelo o que possa ter acontecido, ainda mais pelo imperial aqui em nossa porta.

- Você parece até um Escorpião de tão supersticioso Ryoji. Como pode dizer que não há vida aqui, os jardins, a brisa gelada, o chá quente e a. ... neve! Fora de época ou não ainda assim é bela, os Kami falam conosco hoje de uma forma soberba, mas você não compreende. Bom não vamos deixar Shinori-sama esperando, vamos.

- Hai, sama!






Em frente aos portões de Toshi Ranbo

- Akodo Noriyori! Eu o desafio, chega de mortes em vão. Morra você por seus homens e abra os portões de Toshi Ranbo para a Garça.

Essas palavras entraram nos ouvidos de Noriyori como facas em seu peito. Daidoji Akai era um bom general e um duelista competente, muitos já haviam caído por sua espada, inclusive o pai de Noriyori.

Noriyori caminhava pelo campo de batalha, ceifando vidas de samurais da Garça que ousavam entrar em seu caminho, manchado com o sangue de seus inimigos guiados pela honra de seus ancestrais e motivado pelo desafio lançado, ele se aproximava de Akai.

- Leões, abram espaço! Garças, vejam seu general morrer! Akai, hoje você morre e depois disso quero ver seus homens saindo daqui.

Falhar não era uma opção, Nimuro tinha dado ordens para que Noriyori segurasse a Garça até Ikoma Ijiasu chegar, perder significava perder a cidade, e muito pior que isso, envergonhar seus ancestrais.

O campo de batalha estava lavado em sangue, a Garça tinha avançado, ambos os clãs tinham perdido muitos homens e Ikoma Sume via tudo, apreensivo, do alto do castelo de Toshi Ranbo. As bandeiras de Ijiasu não apareciam ao horizonte, somente bandeiras imperiais, isso o enfurecia.

Com seu leque em punhos, punhos cerrados, Sume vai até a sacada, os Leões estavam parados, as Garças também, e os dois generais se fitavam. Pela primeira vez Sume sentiu medo, calafrios que pareciam sombrios e percebeu que o gelo também fazia parte do campo de batalha. Sume não ouvia mais nada ao seu redor, extasiado Sume apenas prestava atenção nos detalhes da batalha, quando um estrondo de samurais rugindo quebra sua concentração. O sangue voava do corpo de Akai, bem como da espada de Noriyori.

Tudo fica turvo quando se está extasiado, e não era diferente com Noriyori. As flechas ainda saiam dos arcos dos Leões, mas a comitiva imperial os forçaram parar, as noticias eram as piores. O édito era para respeitar a ultima vontade do Imperador. O sorriso amarelo de Sume logo se dissipou de seu rosto.



Kyuden Doji

Keytaro e Ryoji sentam-se à mesa e mandam servir o desjejum, Otomo Shinori se curva aos dois, trocam palavras amenas e logo os ânimos se alteram. Com o rosto cerrado Shinori começa a revelar a verdade.

- Keytaro-san, hoje não vim fazer uma visita amigável, temo ser o porta-voz da pior das notícias e espero que você possa ser o mestre de cerimônias e também aquele que irá dizer ao campeão da Garça tudo aquilo que irei lhe dizer.

- Certo sama, mais o que um humilde Hatamoto possa ter a lhe oferecer?

- O Imperador foi morto. E isso explica tudo.

O dia fica ainda mais gelado, a neve começa a cair mais pesada e o silencio toma conta de Rokugan, sendo interrompido apenas por gongos fúnebres e talvez pela dor de um homem que possa refletir a dor de todo um Império. E quem sabe, reflita a honra do mesmo.

“Guerras acontecem, a morte é a conseqüência
porem heróis, morrem como heróis
a Liderança no ensina que heróis renascem
porem a honra jamais é recuperada se perdida
será que a honra renasce depois de ter morrido?
Uma vitoria vazia, preenchida pela honra de um ancestral”

-Akodo Noriyori.
Ari
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